“Uma experiência interessante”: o Estado Novo português e o cristianismo holandês nas décadas de 1930 e 1940

Em 1933, um ano após a sua tomada de posse como Presidente do Conselho de Portugal, António de Oliveira Salazar conseguiu ver aprovada uma nova Constituição, reorganizando a política, a sociedade civil e a economia portuguesas numa base corporativista. Este artigo aborda o interesse notável que o Es...

ver descrição completa

Na minha lista:  
Detalhes bibliográficos
Autor principal: Krijger, Tom Eric 1987- (Author)
Tipo de documento: Recurso Electrónico Artigo
Idioma:Português
Verificar disponibilidade: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
Carregar...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Publicado em: Centro de Estudos de História Religiosa 2019
Em: Lusitania sacra
Ano: 2019, Volume: 39, Páginas: 111-136
Classificações IxTheo:CG Cristianismo e política
KAJ Época contemporânea
KBD Benelux
KBH Península ibérica
KDB Igreja católica
Acesso em linha: Volltext (kostenfrei)
Volltext (kostenfrei)
Descrição
Resumo:Em 1933, um ano após a sua tomada de posse como Presidente do Conselho de Portugal, António de Oliveira Salazar conseguiu ver aprovada uma nova Constituição, reorganizando a política, a sociedade civil e a economia portuguesas numa base corporativista. Este artigo aborda o interesse notável que o Estado Novo salazarista despertou nos círculos dos partidos políticos cristãos nos Países Baixos (Holanda) por volta de 1940. Procura-se argumentar que tal interesse teve a ver com a então segmentação institucional da sociedade holandesa, na base de diferenças políticas e religiosas, conhecida na historiografia como ‘verzuiling’ ou ‘pilarização’. Alguns intelectuais católicos defendiam que a comunidade católica holandesa não devia contentar-se com o seu próprio ‘zuil’ ou ‘pilar’, mas, pelo contrário, devia aspirar a uma reconfiguração da sociedade em conformidade com a Doutrina Social da Igreja Católica, a exemplo do Estado Novo português. Por outro lado, alguns ‘fazedores de opinião’ protestantes holandeses consideravam o Estado Novo como paradigma de um estado estruturado ‘organicamente’, exibindo uma alternativa para a segregação ‘pilarizada’ na nação holandesa, algo que eles contestavam profundamente. Além disso, os admiradores holandeses de Salazar, tanto católicos como protestantes, acreditavam que o Estado Novo se baseava em princípios que ofereciam tanto uma solução para a crise política e económica que afetava a Holanda na década de 1930, como um fundamento para a reconstrução do seu país depois da invasão alemã-nazi em 1940.
ISSN:2182-8822
Obras secundárias:Enthalten in: Lusitania sacra
Persistent identifiers:DOI: 10.34632/lusitaniasacra.2019.9654