O tempo messiânico em sua culminância potencial

A temporalidade messiânica introduzida no pensamento de Paulo apresenta uma ruptura no tempo. Mediante o intervalo entre o tempo cronológico e o tempo final - o tempo messiânico - se introduz uma ruptura na ruptura do próprio tempo. Esta ruptura torna a lei estranha e positiva, tal como compreendi...

Full description

Saved in:  
Bibliographic Details
Main Author: Feiler, Adilson Felicio (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
Drawer...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: [publisher not identified] [2016]
In: Horizonte
Year: 2016, Volume: 14, Issue: 42, Pages: 543-556
Further subjects:B Ethics
B lei
B Law
B Messianism
B Tempo
B Messianismo
B Ética
B Time
B Morals
Online Access: Volltext (doi)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:A temporalidade messiânica introduzida no pensamento de Paulo apresenta uma ruptura no tempo. Mediante o intervalo entre o tempo cronológico e o tempo final - o tempo messiânico - se introduz uma ruptura na ruptura do próprio tempo. Esta ruptura torna a lei estranha e positiva, tal como compreendida por Hegel, em uma lei inoperosa alavancando a operosidade do uso. Logo, um uso operoso equivale a uma crítica à moral e uma ênfase à ação, portanto à ética. Diante disso, torna-se possível uma redenção das críticas de Nietzsche ao Apóstolo Paulo. O Paulo moralista de Nietzsche abre espaço a um Paulo que introduz, no tempo, um espaço onde a vida atinge a sua culminância potencial. Ou seja, viver o tempo do Messias requer a capacidade de ler, nos acontecimentos da vida presente, a atuação incessante do Messias, uma atuação que eleva a vida até a sua plenitude. Viver assim as coisas últimas é viver de modo diferente as coisas penúltimas, tal como São Paulo diz, é viver como se não vivesse.
ISSN:2175-5841
Contains:Enthalten in: Horizonte
Persistent identifiers:DOI: 10.5752/P.2175-5841.2016v14n42p543